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Geopolítica para o Agronegócio Sustentável

08/07/2024

Autor(a): Imaflora

Um robusto programa de imersão para executivos que atuam em negociações internacionais do agronegócio 

tanto no âmbito da iniciativa privada quanto do poder público. Inscrições vão até 06/08

Em uma iniciativa conjunta, o Centro de Aprendizagem e Cultura Imaflora (Cacuí), a Agroicone e o Centro de Altos Estudos e Pesquisa Geopolítica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CEA/UFRRJ) lançam a formação executiva Geopolítica para um Agronegócio Sustentável. O programa combina conhecimento teórico e relatos práticos, oferecendo uma possibilidade de imersão nas dinâmicas geopolíticas do mundo contemporâneo e uma oportunidade de debater, diretamente com seus negociadores, cases emblemáticos do mercado internacional.

Coordenado pelos especialistas Pablo Ibañez (CEA/UFRRJ), Laura Barcellos Antoniazzi (Agroicone) e Solange Kurpiel (Imaflora), o programa prevê encontros quinzenais, sempre aos sábados pela manhã. Haverá também um encontro híbrido, com possibilidade de participação presencial, na sede do Imaflora, em Piracicaba, no interior paulista – uma boa oportunidade de networking.

A abertura do curso contará com palestra do jornalista Jamil Chade, referência na cobertura do cenário internacional, autor de diversos livros e colaborador de BBC, CNN, Al Jazeera e The Guardian, dentre outros. “Todos os módulos visam proporcionar um melhor entendimento das dinâmicas de poder no mundo e o desenvolvimento de uma visão estratégica para quem atua, direta ou indiretamente, em negociações do agronegócio, seja na esfera pública ou privada”, explica Kurpiel.

Com vagas limitadas e inscrições já abertas, a formação chega em um momento de transição do mercado global. “O dólar como moeda internacional está em xeque, as exigências de sustentabilidade para produtos agrícolas aumentam e o Brasil está às vésperas de sediar o G20 neste ano e a COP de 2025, o que destaca sua importância internacional”, constata Antoniazzi.

É um cenário de dúvidas, principalmente sobre como se darão as negociações em um futuro muito próximo. “Organizações europeias continuarão participando e intermediando o comércio e as negociações, ou teremos fluxos diretos entre Brasil e países asiáticos? Até que ponto as regras multilaterais serão aplicadas e onde prevalecerão as negociações bilaterais? Entender as tendências dessa dinâmica global é o desafio que se coloca para empresas exportadoras e organizações brasileiras que atuam em negociações internacionais”, conclui ela.

E esse momento não poderia ser mais desafiador. Como lembra Ibañez, os preceitos da globalização estão em questionamento, assim como a hegemonia estadunidense e a confiabilidade dos organismos multilaterais tradicionais, como ONU, FMI e Banco Mundial. O G20 tenta se firmar como alternativa ao G7, enquanto conflitos na Ucrânia e em Gaza sinalizam a emergência de novos polos de poder. “A Rússia ressurge como potência, que, em parceria com o gigantismo chinês, pode levar a um mundo mais dividido e com múltiplos rearranjos de mercado. É uma nova geopolítica, e o Brasil precisa entender seu papel nesse novo contexto. Nessa formação, vamos explorar diferentes perspectivas e avaliar aspectos diplomáticos, econômicos e financeiros para setores estratégicos”, finaliza o professor.

O programa divide-se em sete módulos que irão abordar os seguintes temas:
.Geopolítica contemporânea – Novas dinâmicas multilaterais e Redefinições de poderes; 
.Agronegócio e sustentabilidade global – Crises, desafios geopolíticos e segurança alimentar; 
.Agro-Brasil no mundo – Padrões comerciais e tendências econômicas; 
.Economia verde e mundo financeiro frente às mudanças geopolíticas;
.Como funciona a diplomacia no mundo – Abordagens comerciais e para o agro sustentável; 
.Novas geoestratégias e agronegócio – Potências, alianças e conflitos;
.Tecnologia e inovação para uma transição ecológica.

Dentre os palestrantes, além de Jamil Chade, estão Candice Viana (Itamaraty), Gustavo Wetmann (Secretaria Geral da Presidência da República e G20), Ana Goutierrez (União Europeia), Sérgio Gusmão (CEBRI), Silvia Massruha (Embrapa), Simão Pedro (Expocacer), Cristina Pecequino (Unesp/Unicamp/PUC-SP e CBN), André Diz (IBMEC e FGV), Paulo Gala (FGC e Conselho da Fiesp), Ana Célia Castro (UFRJ).

SERVIÇO

Geopolítica para um Agronegócio Sustentável

Coordenação: Imaflora/Cacuí, Agroicone e CEA/UFRRJ

Duração: 30 horas

Período: de 10/8 a 2/11

Formato: encontros quinzenais online e uma sessão híbrida (presencial/online) em 21/9. As atividades acontecem sempre aos sábados

Pré-requisito: ensino superior completo em áreas afins

Investimento: R$ 5 mil, parceláveis em dez vezes

Inscrições: até 6/8, pelo endereço www.imaflora.org/geopolitica-agro-sustentavel