A capital Porto Velho representa 17% da área com extração de madeira não autorizada
Estudo da Rede Simex, formada por quatro instituições ambientais – Imaflora, Imazon, Idesam e ICV, revelou que 100% da exploração não autorizada está concentrada em apenas 5 municípios: Chupinguaia (29%), Pimenta Bueno (27%), Machadinho D’Oeste (23%), Porto Velho (17%) e Corumbiara (5%). Sendo que 98% das explorações não autorizadas, ocorreram em imóveis rurais privados, o que permite a atribuição da responsabilidade aos detentores do imóvel.
De forma inédita, foi possível distinguir a exploração autorizada da não autorizada, e as análises revelaram que, entre agosto de 2020 e julho de 2021, um total de 16.377 hectares de floresta tiveram exploração de madeira no estado de Rondônia, sendo que 14.361 (88%) estavam autorizados e 2.015 hectares não possuíam licença, ou seja, não estavam autorizados (12%). A exploração mapeada esse ano é 4 vezes menor do que a encontrada em 2020 (ano passado o total mapeado foi de 68.729 hectares).
“A transparência dos dados é algo fundamental para qualificar o debate sobre o setor florestal. Temos dialogado com os órgãos estaduais de meio ambiente visando a construção de uma agenda positiva e o compartilhamento de conhecimento”, ressalta Leonardo Sobral, gerente florestal do Imaflora.
Para isso, foram utilizados os dados abertos do Sinaflor, a partir do Sistema Compartilhado de Informações Ambientais (Siscom) e dados dos Planos de Manejo Florestal Sustentável disponibilizados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental - SEDAM RO.
Todas as explorações encontradas em Unidades de Conservação foram autorizadas, e estão concentradas em duas Concessões Florestais: Floresta Nacional do Jamari e Floresta Nacional de Jacundá. Não foram encontradas explorações em áreas restritas como Unidades de Conservação de Proteção Integral e Terras Indígenas.