Histórias de valor: Quilombolas da Calha Norte vendem óleo copaíba para a Europa
07/10/2014
Fonte: Boletim nº 1 do Projeto Florestas de Valor
Na região do
município de Oriximiná, na Calha Norte do rio Amazonas (Pará), as comunidades
quilombolas que tradicionalmente extraem o óleo de copaíba estão vencendo
barreiras e conquistam a autossuficiência para o manejo e comercialização do
produto em larga escala. Com o apoio do projeto Florestas de Valor, os
quilombolas entraram no mercado profissional e agora negociam diretamente com os
clientes, sem intermediários.
Segundo um dos gestores do projeto, o biólogo Léo Ferreira, do IMAFLORA, os quilombolas têm formas tradicionais de extrair a copaíba e conhecem o território na palma da mão. Precisavam apenas de orientações sobre como garantir uma produção de qualidade e se posicionar no mercado.
Ferreira conta que foram várias reuniões, cursos e discussões nas comunidades para estabelecer um plano estratégico de negócios. “Em 2012, já discutíamos com eles os princípios de uma comercialização ética. Queríamos saber o que seria para eles uma relação comercial justa”, lembra o especialista. Quando o trabalho estava estruturado e a comunidade pronta para se lançar, foi a hora de bater à porta das indústrias.
Abertura – A empresa suíça Firmenich, uma das maiores do mundo no mercado de fragrâncias e sabores para as indústrias cosmética e de alimentos foi uma que aceitou o desafio de discutir com os quilombolas um acordo de compra e venda de copaíba.
O representante da empresa ouviu dos comunitários o que eles achavam justo para entregar o óleo. A empresa explicava o que era importante para ela: qualidade, regularidade na entrega e a certeza de estar contribuindo para conservar a floresta.
“Como eles cumpriram rigorosamente os critérios técnicos, isso nos deu tranquilidade para mover a cadeia produtiva. Sabemos que o óleo que adquirimos está melhorando a vida da comunidade, mantendo de pé a floresta e garantindo nosso negócio. E o nosso cliente é informado sobre isso”, destaca André Tabanez, gerente de Projetos da Firmenich.
Após pouco mais de um ano da primeira entrega, somente as comunidades ligadas ao projeto Florestas de Valor conseguiram entregar 3,3 mil litros de óleo de copaíba para a empresa. Tudo coletado por meio de um sistema coletivo, desenhado com a ajuda dos técnicos. Um sistema de amostragem registra a procedência de cada porção de óleo, de modo a garantir a qualidade e corrigir possíveis contaminações.
Tabanez lembra que, ao trabalhar dentro dos critérios e exigências técnicas de uma empresa multinacional, a comunidade está sendo preparada para o mercado. “Hoje eles estão aptos a negociar com qualquer grande empresa do mundo, pois sabem como fechar o negócio, coletar, armazenar e entregar o produto com todas as exigências dos grandes clientes. Isso faz parte do legado intangível que deixamos para eles”, afirma o representante da empresa.
Para conferir a primeira edição do boletim na íntegra, clique aqui.
Segundo um dos gestores do projeto, o biólogo Léo Ferreira, do IMAFLORA, os quilombolas têm formas tradicionais de extrair a copaíba e conhecem o território na palma da mão. Precisavam apenas de orientações sobre como garantir uma produção de qualidade e se posicionar no mercado.
Ferreira conta que foram várias reuniões, cursos e discussões nas comunidades para estabelecer um plano estratégico de negócios. “Em 2012, já discutíamos com eles os princípios de uma comercialização ética. Queríamos saber o que seria para eles uma relação comercial justa”, lembra o especialista. Quando o trabalho estava estruturado e a comunidade pronta para se lançar, foi a hora de bater à porta das indústrias.
Abertura – A empresa suíça Firmenich, uma das maiores do mundo no mercado de fragrâncias e sabores para as indústrias cosmética e de alimentos foi uma que aceitou o desafio de discutir com os quilombolas um acordo de compra e venda de copaíba.
O representante da empresa ouviu dos comunitários o que eles achavam justo para entregar o óleo. A empresa explicava o que era importante para ela: qualidade, regularidade na entrega e a certeza de estar contribuindo para conservar a floresta.
“Como eles cumpriram rigorosamente os critérios técnicos, isso nos deu tranquilidade para mover a cadeia produtiva. Sabemos que o óleo que adquirimos está melhorando a vida da comunidade, mantendo de pé a floresta e garantindo nosso negócio. E o nosso cliente é informado sobre isso”, destaca André Tabanez, gerente de Projetos da Firmenich.
Após pouco mais de um ano da primeira entrega, somente as comunidades ligadas ao projeto Florestas de Valor conseguiram entregar 3,3 mil litros de óleo de copaíba para a empresa. Tudo coletado por meio de um sistema coletivo, desenhado com a ajuda dos técnicos. Um sistema de amostragem registra a procedência de cada porção de óleo, de modo a garantir a qualidade e corrigir possíveis contaminações.
Tabanez lembra que, ao trabalhar dentro dos critérios e exigências técnicas de uma empresa multinacional, a comunidade está sendo preparada para o mercado. “Hoje eles estão aptos a negociar com qualquer grande empresa do mundo, pois sabem como fechar o negócio, coletar, armazenar e entregar o produto com todas as exigências dos grandes clientes. Isso faz parte do legado intangível que deixamos para eles”, afirma o representante da empresa.
Para conferir a primeira edição do boletim na íntegra, clique aqui.
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