Evento compõe atividades de fortalecimento da cadeia produtiva e estimula troca de conhecimento
Na semana passada, o Imaflora esteve em Linhares-ES promovendo o 1° encontro de Treinamento para Técnicos de Cacau. Em dois dias, a programação ofereceu atividades teóricas na parte da manhã e práticas à tarde.
A iniciativa compõe as operações do Imaflora em Cadeias Agropecuárias e faz parte do projeto Cacau 2030, da World Cocoa Foundation (WCF) com supervisão do Cocoa Action Brasil com o objetivo de aumentar a produtividade brasileira e resiliência dos produtores de cacau.
Atuando também na Bahia e no Pará, o braço capixaba do programa é co-financiado pela Fundação Renova e contou com o apoio do SENAR-ES (Serviço Nacional de Aprendizagem) e Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural) para articulação deste treinamento.
Antes das mãos na terra, o conhecimento
No primeiro dia, Henrique de Sá Paye, engenheiro agrônomo, doutor em solos e nutrição de plantas, falou sobre Manejo de Irrigação. Paye apresentou técnicas de fertirrigação, abordou os problemas que o técnico deve aprender a identificar e corrigir e apresentou equipamentos que podem ser utilizados em qualquer cultura para monitoramento e controle da irrigação.
Para Henrique, que atua também como executivo, na função de CEO da Soil Agro, a oportunidade desse contato com profissionais da linha de frente aprimora o seu olhar. “Estar com quem de fato lida com a terra e produtores ajuda a compreender suas principais necessidades e demandas”, comenta.
Nas atividades promovidas no segundo dia por Luiz Piacentini, engenheiro agrônomo, mestre em Agronomia e especialista em Cacau do Imaflora, o tema foi Análise e Interpretação dos Solos. Com um conteúdo muito alinhado ao propósito do encontro e que prendeu a atenção dos participantes, Piacentini explicou como avaliar a qualidade do solo e corrigir deficiências nutricionais que podem prejudicar o cultivo do Cacau.
Por também já ter atuado “do outro lado do balcão”, como produtor, Piacentini entende e valoriza esse contato com aquela audiência. “É gratificante compartilhar conteúdo, ensinar e ajudá-los a evitar dificuldades que poderiam comprometer e até mesmo arruinar a produção (do produtor atendido)”, observa.