Programa Florestas de Valor do Imaflora e UFOPA realizam curso de capacitação em tecnologia da informação para lideranças comunitárias na área de bioeconomia

Esta iniciativa foi realizada em parceria entre o Programa Florestas de Valor do Imaflora e a UFOPA, com o apoio do Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (IEPÉ). 

O curso de capacitação em tecnologia da informação, realizado para lideranças comunitárias ligadas à bioeconomia, teve como objetivo principal investir na formação dessas lideranças, amplificando seu impacto na gestão sustentável de recursos e empoderando-as para participar ativamente na economia global. ​ A integração de conhecimentos de TI é uma alavanca crucial para transformar a bioeconomia de maneira equitativa e sustentável, alinhada com os objetivos de desenvolvimento sustentável globais da ONU, os ODS. ​ 

Os principais tópicos abordados no curso incluíram conhecimentos básicos sobre hardware e software, sistema operacional, editores de texto (Word), editores de planilhas eletrônicas (Excel) e Internet, com foco no acesso ao SOUGOV e assinatura de documentos na plataforma. Esses tópicos foram selecionados com base nas principais demandas das lideranças comunitárias, conforme a experiência da UFOPA em inclusão digital em comunidades tradicionais na região. ​ 

A parceria entre o programa Florestas de Valor do Imaflora e a UFOPA foi fundamental para o sucesso do curso, demonstrando como a colaboração entre universidades e ONGs pode criar programas educacionais robustos e relevantes, com impacto direto na sustentabilidade e no desenvolvimento comunitário. Essa parceria não apenas enriqueceu o conteúdo educacional, mas também fortaleceu a aplicação prática do conhecimento, essencial para enfrentar os desafios ambientais contemporâneos. ​ 

Durante a implementação do curso, o maior desafio enfrentado foi a logística, pois muitos comunitários permaneceram na cidade por uma semana para a realização do curso. ​ No entanto, esse desafio foi superado com planejamento e organização adequados. 

Alunos em sala de aula 

O curso de informática básica está bem posicionado para expansão e replicação, dada sua relevância crescente. ​ Adaptar e escalar esse curso para diferentes públicos e regiões pode aumentar a alfabetização digital global e apoiar o desenvolvimento econômico e social, empoderando os jovens com as habilidades necessárias para prosperar na sociedade digital. ​ No entanto, a falta de recursos como notebooks e Internet para prover o curso em áreas remotas, como nas comunidades tradicionais da Amazônia, é um obstáculo que precisa ser superado para atingir mais pessoas e reduzir o analfabetismo digital. ​ 

Este curso representa um passo significativo na capacitação digital de lideranças comunitárias, promovendo a inclusão digital e o desenvolvimento sustentável na região, enfatizou o professor Clayton Santos, responsável por ministrar o curso. 

Participaram do curso 21 alunos, com idade entre 19 e 45 anos. ​Os alunos estão ligados a diversas organizações comunitárias quilombolas e indígenas, incluindo COOPAFLORA, ARQMO, APIM, ACAJE, ACORQAT, Movimento de Jovens, AMIRMO, AIKATUK e APITMA. ​