Celebrando as conquistas de 2022 para o Programa Olhos da Floresta, o Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) e a Coca-Cola Brasil, reúnem-se com produtores de guaraná em um evento realizado na Fundação Amazônia Sustentável (FAS), em Manaus.
Dentre os benefícios criados pelo programa, o Olhos da Floresta promove a melhoria das condições de trabalho dos produtores. Com isso, neste ano foram comprados equipamentos como computadores, impressoras, despolpadeiras, mesas seletoras e triciclos para transporte do guaraná. Além disso, está financiando reformas em casas de beneficiamento e instalação de viveiros de plantas em algumas comunidades.
O evento de encerramento de 2022 conta, ainda, com uma exposição de fotos que ilustram as atividades dos produtores de guaraná e que ficará aberta para visitação na FAS até 23 de dezembro (confira os detalhes ao final deste texto).
Qualificação e autonomia para produtores
Criado em 2016, o programa fomenta a cadeia do guaraná no Amazonas e promove inclusão social, geração de renda e uso racional dos recursos naturais. Presente em 124 comunidades, o Olhos da Floresta atende a 350 famílias de agricultores e beneficia mais de três mil pessoas nos diversos elos da cadeia. Ao todo, 17 municípios amazonenses contam com o apoio do programa: Apuí, Autazes, Borba, Canutama, Humaitá, Iranduba, Itapiranga, Manacapuru, Maués, Nova Olinda do Norte, Novo Airão, Novo Aripuanã, Parintins, Presidente Figueiredo, Silves, São Sebastião do Uatumã e Urucará. Com essa diversidade territorial, a iniciativa opera em 90% das áreas produtivas do guaraná da região.
Em quatro desses municípios, destaca-se ainda a atuação em Unidades de Conservação (UCs): na Área de Proteção Ambiental (APA) da Margem Direita do Rio Negro, em Novo Airão; na Floresta Nacional (Flona) Pau Rosa, em Nova Olinda do Norte; na Área de Proteção Ambiental Caverna do Maroaga, em Presidente Figueiredo; e na Floresta Estadual (FES) de Maués.
Com essa estratégia, o programa está presente em comunidades isoladas e que estão à margem do mercado, muitas vezes, sem acesso nem mesmo à estrutura logística.
"Empoderar famílias produtoras com programas de inclusão social, geração de renda e uso racional dos recursos naturais são alguns dos pilares do programa", observa Philippe Schmal, coordenador de projetos no Imaflora.