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VLO é mecanismo bem aceito pelo setor madeireiro no Brasil

12/05/2011

Porções iguais de consciência ambiental e observação do mercado fizeram com que a IPA – Indústria de Pisos da Amazônia - já se apresentasse aos seus parceiros com a declaração de Verificação da Origem Legal de seus produtos florestais.
Localizada no município de Iranduba, às margens do Rio Amazonas, e com cinco sócios que atuam há vinte anos no comércio de pisos de madeira, a empresa nasceu da dificuldade de seus proprietários de encontrarem matéria-prima com comprovação de origem: “A garantia de cumprimento dos aspectos legais nos atende nesse momento, mas queremos conquistar a certificação FSC porque os aspetos sociais e ambientais também nos preocupam” diz Paula Iague, gerente florestal da empresa.
No Brasil, essa modalidade é recente, mas tem tido boa aceitação entre os empresários do setor madeireiro. A IPA foi a primeira empresa a concluir o processo de verificação esse ano, seguida pela Pampa Exportações, que possui uma unidade industrial em Belém, estado do Pará e cuja declaração foi emitida no último dia útil de abril.
Dessa maneira, já são três as empresas que optaram por essa modalidade, desde que o padrão da Rainforest Alliance foi adaptado à realidade brasileira. O trabalho de adequação dos padrões internacionais formulados pelo programa SmartWood às leis municipais, estaduais e federal brasileiras, desenvolvido pelo Imaflora foi finalizado no início de 2010. Organização não governamental sem fins lucrativos, brasileira, o Imaflora nasceu em 1995 com o objetivo de promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais e gerar benefícios sociais nos setores florestal e agrícola. 
O engenheiro – florestal Leonardo Sobral, que coordenou o trabalho de adaptação do padrão para o Brasil acredita que a VLO atendeu a uma demanda de mercado. “O padrão está sendo bem aceito pelo setor florestal e acredito que seja um mecanismo para as empresas se organizarem rumo à certificação FSC”.
O Brasil produziu, em 2010, 14,2 milhões de metros cúbicos de madeira em tora, das quais 21% foram exportados e 79% consumidas no mercado interno. O estado de São Paulo é o principal mercado, consumindo 17% do total produzido.

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