O Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal Agrícola) partilha da preocupação sobre o resultado da votação da Medida Provisória 1154, que desestrutura o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e os órgãos a ele vinculados, e enfraquece o Ministério dos Povos Indígenas (MPI). O Instituto se posiciona em conjunto com quase 800 entidades, dentre elas ONGs, representações indígenas, movimentos sociais, sociedades científicas, organizações corporativas e entidades do setor privado, levando ao Congresso um manifesto contra o substitutivo para a MP 1154.
As altas taxas de desmatamento na Amazônia e no Cerrado, os efeitos da crise climática, perceptíveis em diversas regiões do país, a situação de emergência em que se encontra o povo Yanomami em decorrência da prática de garimpo ilegal, entre outros múltiplos cenários, são apenas alguns exemplos do resultado de uma política não integrada à conservação socioambiental.
O atual cenário de combate das emergências climáticas e retomada de um crescimento econômico sustentável exige o fortalecimento de políticas públicas e dos órgãos competentes, a manutenção da diplomacia e dos acordos internacionais, a integração com o mercado e a valorização das comunidades tradicionais e povos originários, ao contrário do que foi presenciado esta semana. O Brasil tem um grande potencial para liderar as discussões e as ações que aliam conservação socioambiental com crescimento econômico e o primeiro passo é assegurar as devidas legislações ambientais.
Para ler o manifesto na íntegra e ver as entidades que assinam o manifesto, acesse este link.
