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Guia para construir estratégias de advocacy e influenciar políticas públicas ganha 2ª edição

18/06/2025

Material desenvolvido pelo Imaflora foi atualizado com aprimoramentos na construção de estratégias de advocacy e novos conteúdos sobre litigância estratégica, advocacy colaborativo e advocacy de resposta rápida. 

 

Uma importante ferramenta para o fortalecimento da sociedade civil e para a construção de políticas públicas socioambientais voltadas à conservação, ao aprofundamento democrático e à garantia de direitos acaba de ganhar uma nova edição. Após 6 anos desde o primeiro lançamento, o 'Guia para a Construção de Estratégias de Advocacy', organizado pelo Imaflora, será relançado com a parceria do Observatório do Clima e apoio do Advocacy Hub durante a 2ª Conferência Nacional de Advocacy, contando com aprimoramentos e conteúdos inéditos. O evento acontece nos dias 1 e 2 de julho de 2025, na Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo.  
 
Em um momento em que a crise climática ganha contornos cada vez mais urgentes e no ano em que o Brasil sediará a Conferência do Clima da ONU, a COP 30, o Guia ganhou conteúdos sobre litigância estratégica; Advocacy Colaborativo e oportunidades de incidência na cooperação com Governos; e a modalidade de Advocacy de Resposta Rápida. “A urgência climática que vivemos impõe que soluções pilotos ou de nicho que sejam universalizadas. Então é um momento muito oportuno para o desenvolvimento desta segunda edição do Guia de Advocacy, tanto com os aprendizados que tivemos desde o lançamento da primeira edição, quanto pelo potencial de avanço na escala de soluções de impacto”, defende Marina Guyot, gerente de Políticas Públicas do Imaflora.  

 

O Guia funciona como um material de orientação para que organizações da sociedade civil, movimentos sociais, ativistas e cidadãos em geral busquem incidir em políticas públicas. Ele conta com linguagem acessível e formato direto, com direito a um passo a passo de como estruturar estratégias de advocacy, acompanhar sua eficácia e monitorar cada passo, mesmo após sua implementação. “O trabalho começa com a criação de programas e de leis. Mas, ser de fato implementado e depois monitorado é o que vai garantir que a política alcance seus objetivos em direção à missão da sociedade civil na agenda social e ambiental”, reforça Marina.  

 

A litigância estratégica é uma iniciativa que vem ganhando cada vez mais espaço no campo climático, ao buscar na justiça decisões que comprovem a relação entre determinado ator, como uma empresa petrolífera e o seu impacto nas emissões de gases de efeito estufa. O objetivo é buscar tanto a responsabilização quanto a criação de parâmetros para outros casos e decisões, além de fazer com que outras empresas repensem suas atuações. Suely Araújo, Coordenadora de Políticas Públicas do Observatório do Clima e autora do novo trecho sobre o tema, traz exemplos de litigância e demonstra como ela pode ser articulada com outras iniciativas de advocacy.  

 

Já o Advocacy Colaborativo é uma forma de incidir em políticas públicas a partir da cooperação e contribuição junto a governos e órgãos institucionais das diferentes esferas, de modo a contribuir para uma implementação bem-sucedida de determinada política ou de efetuar ajustes em políticas já existentes. Bruno Vello, coordenador de Políticas Públicas do Imaflora, e Marina Guyot demonstram que tal abordagem não é contrária a outras técnicas de advocacy mais ligadas ao confronto; ao contrário, pode ser utilizada de forma integrada a elas, de acordo com o momento mais propício para o desenvolvimento de cada uma.  
 
O Advocacy de Resposta Rápida, conforme explica Renato Morgado, um dos autores do Guia, se mostra fundamental já que, em muitos casos, a estratégia precisa ser elaborada e implementada de forma urgente, em poucos dias ou até poucas horas. “As iniciativas que exigem respostas rápidas, como um Projeto de Lei que entrará em votação ou o anúncio de um novo plano, podem estar associadas a janelas de oportunidade para mudanças positivas ou a ameaças a uma causa. O Guia traz agora orientações mais claras sobre isso, sendo um dos aprimoramentos que fizemos nessa nova edição”, explica Morgado.  

 

Apesar da importância de projetos e soluções desenvolvidos pela iniciativa privada, só é possível ganhar escala de impacto quando são transformados em políticas oficiais, tanto pelo alcance quanto pela obrigatoriedade. Daí a importância da incidência da sociedade nestas políticas e de materiais como o Guia de Advocacy como ferramenta para o sucesso desta incidência. “O advocacy em políticas públicas é uma parte muito relevante da atuação da sociedade civil na promoção das transformações necessárias, principalmente para ganho de escala das soluções relacionadas ao avanço da agenda socioambiental. É via advocacy que conseguimos mobilizar os tomadores de decisão para criar e melhorar as políticas socioambientais.”, afirma Marina Piatto, diretora executiva do Imaflora. 

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