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Merendeiras de São Félix do Xingu concluem formação e apresentam receitas criativas e nutritivas

23/07/2025

Em uma iniciativa que reuniu educação, nutrição e valorização profissional, o Programa Florestas de Valor, do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), realizou o encerramento do projeto de formação de merendeiras no município de São Félix do Xingu, destacando o papel fundamental destas profissionais que atuam diretamente na produção da alimentação escolar com produtos da agricultura familiar adquiridos por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

 

A ação, desenvolvida em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) com aporte financeiro da Fundação Carrefour e apoio do Grupo Carrefour Brasil, contou com três encontros de formação e valorização, além do concurso de culinária regional onde escolas e merendeiras foram premiadas por suas criações culinárias.

 

Ao todo 27 escolas, tanto do meio rural quanto da área urbana, participaram do projeto e apresentaram propostas de merenda escolar adequadas à realidade local, onde a maioria dos produtos utilizados nas receitas era proveniente da agricultura familiar, respeitando a cultura alimentar local, os saberes e costumes da população.

 

"Com a grande importância do papel das merendeiras dentro do Programa Nacional de Alimentação Escolar, nós pensamos em um projeto que pudesse engajar as merendeiras para que elas pudessem ser parte desse programa”, afirmou Celma de Oliveira, coordenadora do escritório regional do Programa Florestas de Valor em São Félix do Xingu.

 

Durante o concurso, as merendeiras do município tiveram suas receitas avaliadas por um corpo de jurados, que considerou o uso de ingredientes provenientes da agricultura familiar e o aproveitamento integral dos alimentos. A iniciativa não só incentiva a educação alimentar, mas também fortalece a economia local, criando um ciclo virtuoso onde produtores podem comercializar seus produtos por meio do PNAE.

 

"Hoje foi um dia muito interessante, onde pude compor uma banca de jurados para avaliar receitas feitas por merendeiras de São Félix do Xingu e a gente avaliou o que cada prato continha da agricultura familiar. É uma correlação entre a educação, alimentação escolar e a agricultura familiar", afirmou Cristiano Bento da Silva, professor da Universidade do Sul e Sudeste do Pará, Instituto de Estudos do Xingu.

 

Rosirene Pereira dos Santos atua como merendeira e falou sobre a importância do reconhecimento das profissionais e da integração que oportunizou o aprendizado de novas receitas. Bastante emocionada, ela falou que “essa é uma experiência muito boa, que trouxe diversos aprendizados. Eu sou muito grata a meu Deus primeiramente e a todos que trouxeram este evento.”

 

Inovação e Sustentabilidade

O uso prioritário de produtos da agricultura familiar local, incluindo o aproveitamento de talos, folhas e sementes foi um ponto alto do projeto intitulado “Capacitação de Merendeiras em áreas rurais da Amazônia”, que contou com cursos de uso integral de alimentos, boas práticas de manipulação dos alimentos que compõem o cardápio nutricional dos estudantes da rede pública de ensino de São Félix do Xingu.

 

Grupo de pessoas em um salão

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Merendeiras participantes do evento 

 

A inclusão de alimentos frescos e muitas vezes subutilizados, como talos, folhas e sementes, contribui para enriquecer a dieta dos alunos com vitaminas e minerais essenciais, promovendo hábitos alimentares mais saudáveis desde a infância.

Outro ponto positivo do projeto e que contribui para impulsionar a economia local é a compra direta de produtos da agricultura familiar, que incentiva a produção local, estimula a economia da região, gera renda para as famílias rurais e fortalece as cadeias produtivas de São Félix do Xingu além de oferecer alimentação escolar saudável e adequada aos alunos da educação básica pública.

 

Reconhecimento e Sucesso

O primeiro lugar ficou com Creche Luiz Ferreira Santana, que apresentou o prato Arroz à Brasileirinha, um prato tipicamente local, que chamou atenção pela releitura de outros pratos, mas que esteve regado de criatividade, valor nutricional, aroma, e a viabilidade econômica podendo ser inserido no cardápio da rede municipal de ensino.

Em segundo lugar, a Escola Filomeno de Souza Reis, apresentou a receita de Farofa Tropical, à base da farinha de mandioca, produto da agricultura familiar o prato apostou na criatividade para sua elaboração, fez o aproveitamento integral de alimentos e, resgatou saberes ancestrais.

 

O terceiro, em uma disputa acirrada, ficou com a receita Creme do Bom, apresentada pela escola Maria do Socorro, um prato de textura agradável, alto valor nutricional, uma combinação surpreendente de produtos da agricultura familiar.

"A gente só agradece essa parceria, em nome do nosso prefeito Fabrício, nossa vice-prefeita Cacilda, por nos oportunizarem e a valorização profissional", concluiu a secretária de Educação, Jaqueline Silva, enfatizando o impacto positivo da ação na valorização das merendeiras e na qualidade da alimentação oferecida aos alunos.

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