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Porque um módulo para o clima

12/12/2012



 

A implementação da Norma da Rede de Agricultura Sustentável (RAS) têm gerado impactos ambientais e sociais positivos, além de mercados mais vantajosos e estáveis para os produtores.
Isso ocorre porque as propriedades agropecuárias com o selo Rainforest Alliance Certified™ que seguem a Norma adotam práticas que reduzem a emissão de gases de efeito estufa (GEEs), que promovem o estoque de carbono nas propriedades agropecuárias e que ajudam os agricultores a aumentar a sua resiliência frente às mudanças climáticas.
No entanto, as Normas da RAS não são explícitas sobre quais as práticas, medidas, ações e registros são necessários para que os agricultores demonstrem, de maneira verificável, sua “relação amigável com o clima”. Apesar de existir muitas práticas de mitigação das mudanças climáticas já definidas nas normas RAS, para que os agricultores possam fazer declarações verdadeiras e defensáveis sobre essas ações, é preciso haver critérios claros, aplicados de forma consistente e verificável. Com essa intenção a RAS desenvolveu ao longo de 2010, através de consultas públicas e testes de campo, o Módulo Clima.
O Módulo Clima da RAS continua no caminho de promover a produção agropecuária sustentável por meio de um conjunto de critérios específicos, voluntários, de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Esses novos critérios reforçam os já existentes e fornecem valor adicional.
O objetivo do Módulo Clima da RAS é aumentar a consciência sobre as mudanças climáticas e promover melhores práticas de gestão que podem ajudar aos agricultores e comunidades a se adaptarem melhor aos desafios das mudanças climáticas e trabalhar no sentido de um compromisso de toda a cadeia de abastecimento e para mitigação e adaptação aos seus efeitos.
É um sistema de verificação voluntária dentro do sistema de certificação da Rede de Agricultura Sustentável já existente. Não se destina ser uma metodologia para medir “pegada de carbono” , análise de ciclo de vida ou ser um módulo ou selo de carbono neutro ou uma tentativa de gerar créditos de carbono.
O Módulo Clima da RAS incentiva:-          Aumento de consciência e preparação por parte dos produtores para se adaptarem e poderem lidar com os impactos das mudanças climáticas ao nível de paisagem;-          Implementação de programas e procedimentos para a adaptação e mitigação das mudanças climáticas;-          Redução das principais fontes de emissão de GEEs e o acompanhamento das mudanças ao longo do tempo;-          Análise de ações para enfrentar os riscos das mudanças climáticas e melhorar a resiliência das propriedades agropecuárias;-          A regeneração da vegetação nativa de áreas degradadas ou vulneráveis aos eventos climáticos extremos;-          Contribuir com a comunidade para aumentar sua capacidade de adaptação às mudanças climáticas através de instituições e associações locais;-          Melhorias no conhecimento técnico dos produtores e de redes sociais para enfrentar os impactos das mudanças climáticas;-          Conservação ou aumento das reservas de carbono no solo;-          Uso eficiente de fertilizantes nitrogenados;-          Optar por tratamento de efluentes que minimizem as emissões de metano;-          Gerenciamento de resíduos agrícolas e seu uso na geração de energia ou outros insumos.
Potenciais benefícios aos produtores que implementem atividades a fim de cumprir com os critérios do Módulo Clima da RAS incluem o seguinte:-          Aumento de conscientização sobre os impactos das mudanças climáticas no setor agropecuário, incluindo os efeitos sobre a produtividade e a renda, melhorando assim a resiliência da propriedade às mudanças do clima;-          Melhoria da subsistência e promoção de alianças em toda a cadeia de abastecimento para o acesso aos mercados, empresas e consumidores;-          Demonstração de preparação para se engajar em pagamento por serviços ambientais e/ou programas de restauração de ecossistemas;-          Bases de parcerias com iniciativas públicas e privadas orientadas para a redução de emissões da GEEs nas propriedades agropecuárias.


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