Como
valorizar as florestas e os seus produtos
Proteger as Unidades de Conservação
(UCs) e os povos que vivem nelas é uma das principais frentes do Imaflora - Instituto
de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola, na região amazônica. Cerca de
20% da Amazônia são UCs. Parte delas é destinada ao uso sustentável pelas populações
locais. É nessa modalidade que o Imaflora atua promovendo a agroecologia e o extrativismo
dentro de nove UCs. O objetivo é garantir alternativas viáveis que proporcionem
qualidade de vida e dignidade a essas pessoas para, assim, consolidar efetivamente
as áreas de proteção da maior floresta tropical do planeta.
Hoje o foco do Imaflora se
concentra nas regiões da Calha Norte e da Terra do Meio, ambas no estado do
Pará. Ali, o instituto se empenha em beneficiar milhares de pessoas que vivem
em mais de 11 milhões de hectares de Reservas Extrativistas e Biológicas, Florestas
Nacionais e Estaduais e Áreas de Proteção Ambiental.
A base do trabalho de campo
do Imaflora é o fortalecimento das cadeias de valor relacionadas à produção
agroecológica e à extração sustentável de produtos florestais pelas populações
locais. Entre os produtos estão a borracha, a castanha-do-brasil, a copaíba, o babaçu
e o cacau. Os profissionais do instituto – engenheiros agrônomos e florestais,
biólogos, gestores ambientais, incluindo historiadores e sociólogos – desenvolvem
trabalhos relacionados à aplicação de técnicas de plantio e manejo adequadas
para cada produto. Também sugerem boas práticas de beneficiamento e
comercialização ética da produção. Além disso, promovem a participação e a transparência
na gestão das UCs. As ações são realizadas visando o consolidação das
organizações comunitárias formais e informais e a sua atuação nos espaços
institucionalizados pelo governo, em especial os conselhos das UCs e os conselhos
municipais.
De acordo com o gerente de
projetos do Imaflora, Roberto Palmieri, todas essas atividades contribuem para
a conservação das áreas protegidas da Amazônia. “Apoiar as populações locais no
fortalecimento do extrativismo e da agroecologia e envolvê-los na gestão das
UCs reduz as ameaças que rondam a floresta. São elas a ocupação e o
desmatamento ilegais para apropriação indevida dos recursos naturais –
principalmente madeira e minérios – e para a especulação fundiária”, reconhece.
“As comunidades amazônicas são verdadeiras guardiãs da floresta. É preciso
assegurar que elas vivam em seu território e incentivar o sustento digno das
famílias para que cuidem das florestas que manejam. Se desejarem, transmitam
também sua cultura e forma de vida para filhos e netos. Quando a floresta é fonte
de renda e de sobrevivência essas pessoas são as principais interessadas em
mantê-la em pé. A floresta viva garante a subsistência dessa gente e o seu
ganha-pão”.
Olhando para o futuro, a meta
do Imaflora é a consolidação das atividades das populações amazônicas presentes
nas áreas protegidas. “Nossa intenção é que até 2024 as UCs da Amazônia com
populações demonstrem viabilidade e cumpram seu papel de conservação e uso
sustentável, tal qual previsto na legislação”, antevê Roberto Palmieri.
Saiba
mais sobre o trabalho do Imaflora em UCs:
A equipe do Imaflora estará no VIII CBUC
(Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação). Venha nos visitar
no estande 18/19 no período de 22 a 25 de setembro de 2015 em Curitiba.
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E CADEIAS DE VALOR
25/08/2015
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