Se a atuação do Imaflora começa já no chão, passa pela parceria com empresas e chega até a interlocução e incidência em políticas públicas, é porque a produção e gestão do conhecimento está na base proporcionando respaldo para todo esse trabalho.
Plataformas como a Timberflow, que usa big data para mapear o mercado brasileiro da produção de madeira nativa, é exemplo de como a gestão do conhecimento é fundamental atuação no setor junto a atores-chave das cadeias florestal e agrícola. Se um comprador consegue visualizar a probabilidade de envolvimento de seu fornecedor com ilícitos ou a origem suspeita de seu produto, por exemplo, isso facilita sua tomada de decisão final a respeito da compra. Ou seja, é a gestão do conhecimento que permite a atuação efetiva em prol da redução de atividades ilegais e predatórias em cadeias produtivas.
Outro exemplo de como essa produção de dados confiáveis e conhecimento pode ajudar a subsidiar políticas públicas é a iniciativa da Malha Fundiária, uma ferramenta que identifica e atualiza dados fundiários do Brasil e que, em 2024, ganhou nova edição. Os resultados mostraram que 25% do território não está registrado em nenhuma categoria. Isso mostra a importância de avançarmos com políticas de regularização e destinação de áreas públicas sem uso, que são alvo de uso indevido e atividades ilícitas.
2024 foi o ano de amadurecer e fortalecer o Cacuí, Centro de Aprendizagem e Cultura Imaflora, um projeto de inovação da instituição lançado em setembro de 2023. Ao longo do 1º ano, o Cacuí se consolidou na sua missão de ser um hub de compartilhamento de conhecimento para potencialização de lideranças socioambientais.
A 1ª edição da Jornada de Líderes pelo Desmatamento Zero na Amazônia até 2030 (G_DeZ) é uma materialização desse objetivo. Ao longo de 72 horas e 8 meses, a formação reuniu 111 pessoas centradas em um único objetivo: zerar o desmatamento na Amazônia até 2030. Isso a partir da otimização de soluções já existentes, e do desenvolvimento colaborativo de outras soluções, que possam suprir lacunas dos dispositivos que já existem.
Para 2025, a atual conjuntura geopolítica exige ainda mais ação e escalabilidade. É por isso que para além da continuidade dos projetos de 2024, dedicamos o próximo ciclo à produção, gestão e transmissão de conhecimentos que potencializem e expandam nossas cadeias produtivas agropecuárias e florestais sustentáveis.