O mercado de café certificado tem passado por transformações significativas nos últimos anos, impulsionado pelo aumento da demanda por produtos sustentáveis, exigências de rastreabilidade e práticas agrícolas responsáveis. Diversas certificações desempenham um papel fundamental nesse cenário como Rainforest Alliance (RA) e as verificações C.A.F.E. Practices, o programa da Starbucks, oferecidos pelo Imaflora, assim como os sistemas FSA SAI, RTRS, FSC e PEFC.
A safra brasileira de café está próxima, e agora é o momento ideal para iniciar os contatos e planejar as certificações.
No Brasil, a adoção dessas certificações tem crescido à medida que os produtores buscam maior valorização no mercado e acesso a consumidores que priorizam critérios socioambientais. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) indicam uma ampliação na adesão a selos de certificação, refletindo essa tendência.
A certificação tem sido uma estratégia adotada para garantir acesso a mercados mais exigentes como a União Europeia, que adota a lei EUDR, e reforça a preocupação de consumidores e reguladores com a origem e o impacto socioambiental dos produtos. A certificação Rainforest Alliance criou um sistema e opcionalmente o incluiu em suas auditorias para apoiar os produtores e agentes da cadeia de suprimentos a atenderem aos requisitos da EUDR e continuarem a vender seus produtos no mercado da União Europeia.
Com isso, o Brasil tem registrado um crescimento significativo na adoção da certificação RA tanto em fazendas de produção agrícola, quanto na cadeia de suprimentos. Em 2023, o país liderou o segmento de certificações na cadeia de suprimentos, aumentando de 184 para 210 certificações. Esse aumento reflete o comprometimento crescente das empresas brasileiras com padrões de sustentabilidade.
Nos EUA, a demanda por café certificado cresce e mercados emergentes, como China e Oriente Médio, começam a adotar cafés especiais e certificados, criando novas oportunidades. No Brasil, a comercialização de café certificado também cresce, com grande aceitação entre consumidores conscientes sobre sustentabilidade. Programas como o Cafés Sustentáveis do Brasil, da ABIC, e projetos de empresas como a Nestlé e Starbucks, incentivam a produção e o consumo sustentável de café. Essas iniciativas refletem a tendência crescente por práticas mais responsáveis na indústria cafeeira brasileira.
