Falar da importância socioambiental da Amazônia é uma emergência mundial. Uma boa oportunidade para participar dessa reflexão é visitar a exposição “Fruturos – Tempos Amazônicos”, na qual a rede Origens Brasil® e outras iniciativas em prol da sociobiodiversidade da floresta são apresentadas no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. A exposição poderá ser visitada até 14 de junho de 2022.
Composta por seis áreas principais: Tempos Amazônicos, Amazônia Milenar, Amazônia Secular, Amazônia Acelerada, #SomosAmazônia e Amazônias Possíveis, a exposição também aborda aspectos sobre a formação da floresta, o modo de vida de suas populações, ameaças e caminhos possíveis.
"A proposta de uma exposição sobre a Amazônia nasceu com o próprio Museu. Mas, desde 2017 começou a se concretizar através de uma viagem em Mato Grosso, com uma visita a um projeto de pesquisa científica sobre o impacto das queimadas na Amazônia, e o que isso significa para o clima e futuro de todo o planeta”, explica âÂÂâÂÂLeonardo Menezes, Diretor de Conhecimento e Criação do Museu do Amanhã e curador de Fruturos - Tempos Amazônicos.
A rede Origens Brasil e outras 36 ações socioambientais integram o painel interativo de Amazônias Possíveis, a sala que traz uma reflexão sobre o futuro da Amazônia e o seu potencial em abrigar um modelo socioeconômico baseado em saberes tradicionais, conhecimento científico e na floresta em pé.
“São 37 projetos diferentes que mostram a importância da sociedade civil para que possamos unir forças e mostrar que os projetos ganhando escala representam caminhos em três eixos de saber científico, práticas de conhecimentos tradicionais e compromisso com a floresta em pé.”, explicou Leonardo.
A rede formada por populações tradicionais, povos indígenas, empresas e instituições de apoio, e administrada pelo Imaflora, busca mudar a lógica de se fazer negócios na Amazônia brasileira. A proposta é a geração de valor para os povos indígenas e populações tradicionais da floresta - os guardiões do nosso patrimônio socioambiental. O Origens Brasil viabiliza negócios em prol da floresta em pé com garantia de origem, rastreabilidade, transparência e promove o comércio ético.
Sobre a rede
A rede surgiu em 2016 a partir de uma iniciativa entre produtores da floresta, o Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) e o ISA (Instituto Socioambiental). São 35 empresas, 2220 produtores e 62 organizações locais e instituições de apoio conectadas em uma iniciativa que já contribui para manter mais de 52,3 milhões de hectares de floresta em pé. As ações ocorrem em cinco territórios: Xingu (MT/PA), Calha Norte (PA), Rio Negro (AM/RR) e Solimões (AM) e Tupi Guaporé (RO/MT).
Em 2019, a rede recebeu o Prêmio Internacional de Inovação para a Alimentação e Agricultura Sustentáveis da Organização das Nações Unidas. O Origens também é reconhecido como uma tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil.
As iniciativas da rede envolvem a produção de castanha-do-Brasil, cumaru, farinha de babaçu, arte indígena e ribeirinha, produção de látex de borracha nativa da floresta, entre outros produtos da sociobiodiversidade da Amazônia.
Para visitar a Exposição:
O Museu do Amanhã fica na praça Mauá, 1, no centro do Rio de Janeiro. Para visitar o local é imprescindível a comprovação de vacinação contra COVID-19, nos termos previstos no Decreto Municipal de número 49.335/21. O ingresso pode ser adquirido antecipadamente pelo site: https://fruturos.museudoamanha.org.br