Visitas à Semed e Coopboa evidenciam o impacto positivo da agricultura familiar no PNAE, demonstrando como sustentabilidade e a geração de renda caminham juntos.
Martha Costa
Fortalecer a conexão entre agricultores familiares e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do município de Oriximiná de modo a impulsionar a comercialização, assegurar a sustentabilidade e a geração de renda, este foi o objetivo do Intercâmbio PNAE Oriximiná – Santarém, realizado no mês de março pelo Programa Florestas de valor do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora).
O evento reuniu representantes de Cooperativa Mista dos Povos e Comunidades Tradicionais da Calha Norte (Coopaflora) e do poder público de Oriximiná, que puderam vivenciar de perto o sucesso de iniciativas locais. O intercâmbio teve como foco apresentar modelos de sucesso desenvolvidos em Santarém para atender a estudantes das áreas de rios e planaltos. O objetivo é replicar modelos inovadores de produção agrícola e cadeias de valor que atendam às demandas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) em Oriximiná. Isso permitirá ampliar a participação de agricultores familiares, assentados e quilombolas no PNAE, envolvendo diferentes atores, fortalecendo as comunidades envolvidas.
Um dos destaques foi a visita à Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Santarém, que demonstrou como a gestão eficiente do programa pode garantir a oferta de alimentos frescos e saudáveis nas escolas, provenientes da produção local. “Foi muito bom ver que em muitos pontos a gente pode aprender com Santarém, e que muita coisa a gente já faz lá em Oriximiná. E foi bom eles verem na prática que com o PNAE eu melhoro alimentação das crianças, a saúde e a renda dos comunitários e crio interfaces com várias secretarias do município”, declarou Mateus Feitosa, analista do Imaflora.
Os participantes também conheceram a Cooperativa Mista da Agricultura Familiar de Boa Esperança (Coopboa), um exemplo inspirador de negócio comunitário. A Coopboa se destaca pela produção de derivados de mandioca, como farinha, goma de tapioca, pães e bolos, que agregam valor à produção local e geram renda para as famílias da região.