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Projetos de carbono em Unidades de Conservação

15/09/2015

CRÉDITOS DE CARBONO GARANTEM A PROTEÇÃO DE FLORESTAS NATIVAS
No município de Moju, no estado do Pará, um projeto exemplar feito em parceria com o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (IMAFLORA), ajuda não só a conservar um importante trecho da floresta amazônica como também contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, causadores das mudanças climáticas. É o Projeto REDD+ Maísa – localizado na região do baixo rio Tocantins, dentro dos limites do chamado “arco do desmatamento da Amazônia” – validado e verificado pelo Imaflora. Iniciado em 2012, o projeto integra usos múltiplos na forma de práticas florestais sustentáveis, melhorias nos sistemas agrícolas e agregação de valor. O REDD+ Maísa contabilizará emissões de GEE durante 30 anos, comercializando créditos de carbono até 2042.
Os especialistas do Imaflora atuam em auditorias de projetos de quantificação de créditos de carbono, como o REDD+ Maísa, também em Unidades de Conservação (UC), utilizando dois sistemas: o VCS (Verified Carbon Standard) e o CCB (Clima, Comunidade & Biodiversidade). O VCS tem foco em metodologias de cálculo de créditos por meio de planilhas e inventários florestais. Já o CCB garante salvaguardas climáticas, de biodiversidade e de responsabilidade social para as comunidades que vivem nas regiões onde estão as UCs. Os dois sistemas se complementam e podem ser desenvolvidos juntamente com a certificação florestal FSC® (Forest Stewardship Council®). “É uma dobradinha muito interessante, principalmente em regiões amazônicas de manejo florestal dentro das UCs. Nessas áreas é possível elaborar projetos utilizando o VCS aliado com a certificação FSC. No caso de um manejo florestal com exploração de madeira, por exemplo, o padrão FSC é o que tem o reconhecimento mais elevado”, revela Leonardo Sobral, gerente de certificação florestal do Imaflora.
“Projetos de carbono em UCs, realizados em parceria com a Rainforest Alliance, podem gerar créditos de carbono para comercialização no mercado financeiro mantendo a floresta em pé e evitando a degradação por desmatamento”, explica Sobral. Atualmente dez projetos de carbono foram validados pelo Imaflora em diversas regiões do Brasil, totalizando mais de 328 mil hectares. Eles estão em áreas protegidas como Florestais Nacionais e Estaduais, Reservas Extrativistas e em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN). “Atualmente somos procurados também para auditar projetos em Parques Nacionais e Estaduais”, observa o gerente do Imaflora.
Na prática, além da efetiva proteção das florestas nativas, os projetos de carbono auditados pelo Imaflora representam um negócio muito interessante para proprietários particulares. “No manejo florestal para produção de madeira aliado à quantificação das emissões de GEE, a comercialização dos créditos de carbono no mercado ajudam os empresários a cobrir custos de produção. Além do maior retorno financeiro, essa transação contribui com as ações de proteção e de gestão territorial”, salienta Leonardo Sobral.
A equipe do Imaflora estará no VIII CBUC (Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação), no período de 22 a 25 de setembro de 2015, no estande 18/19, no Expo Unimed, Curitiba. 


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