A agricultura regenerativa tem ganhado protagonismo no Brasil e no mundo como um modelo capaz de restaurar solos degradados, aumentar a produtividade e fortalecer a resiliência climática das propriedades. Esse movimento cresce também porque organizações especializadas, como o Imaflora, oferecem suporte técnico, capacitação, auditorias e ferramentas de mensuração, garantindo credibilidade à transição para práticas regenerativas.
O Imaflora desenvolve projetos de capacitação, elabora diagnósticos e realiza auditorias utilizando protocolos de agricultura regenerativa. Além disso, conta com um protocolo próprio adaptado ao contexto brasileiro:
Imaflora Verified – protocolo próprio para pecuária e agricultura regenerativa. Aplicável para produtores que buscam desenvolver um trabalho de melhoria contínua, com acompanhamento de verificações do Imaflora.
Neste conteúdo, você vai entender o que é agricultura regenerativa, seus princípios, técnicas, ferramentas de mensuração e certificação, além de como empresas e produtores podem se beneficiar de protocolos como Rainforest Alliance, SAI e RTRS.
O que é agricultura regenerativa?
A agricultura regenerativa é um conjunto de práticas e princípios que têm como objetivo restaurar as funções químicas, físicas e biológicas dos solos, especialmente em áreas degradadas.
Diferente de abordagens que apenas reduzem impactos negativos, ela busca reverter processos de degradação, aumentar o estoque de matéria orgânica, promover biodiversidade e construir sistemas produtivos mais estáveis e resilientes às mudanças climáticas.
Além das melhorias ecológicas, a agricultura regenerativa tem se tornado estratégica para empresas focadas em ESG, permitindo transformar ganhos ambientais em métricas verificáveis.
Como surgiu a agricultura regenerativa?
O conceito começou a ganhar força nos anos 1980, quando Robert Rodale, do Rodale Institute, propôs que sistemas agrícolas deveriam regenerar os recursos naturais, e não apenas explorá-los. A ideia partia da premissa de que a vitalidade do solo está diretamente ligada ao bem-estar de plantas, animais e pessoas.
Hoje, a abordagem é adotada tanto por pequenos agricultores quanto por grandes cadeias de fornecimento global.
Princípios da agricultura regenerativa
A agricultura regenerativa se baseia em princípios que fortalecem o solo, ampliam a biodiversidade e criam sistemas produtivos mais resilientes. Entre eles:
- Cobertura permanente do solo: proteção contra erosão, preservação da umidade e estímulo à vida microbiana.
- Mínima interferência no solo: redução do revolvimento para manter sua estrutura natural.
- Diversificação de espécies: rotações e consórcios equilibram nutrientes e reduzem pragas.
- Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF): cultivos, animais e árvores combinados geram benefícios ecológicos e econômicos.
- Estímulo à biologia do solo: uso de compostagem, microrganismos e bioinsumos.
- Presença constante de raízes vivas: solo ativo o ano inteiro.
- Adaptação ao contexto local: manejo ajustado a solo, clima, relevo e histórico produtivo.
Técnicas mais utilizadas na agricultura regenerativa
- Plantio direto: preserva estrutura do solo e reduz erosão.
- Cobertura vegetal e adubação verde: proteção, fertilidade e aumento de matéria orgânica.
- Diversificação e rotação de culturas: otimiza nutrientes e reduz pragas.
- Pastoreio rotacionado: fortalece regeneração das pastagens.
- Recuperação de áreas degradadas: correções, espécies nativas e manejo regenerativo.
- Sistemas agroflorestais e silvipastoris: combinam produção agrícola, árvores e animais.
- Uso de bioinsumos: substitui químicos e fortalece a biologia do solo.
- Redução de insumos externos: prioriza processos naturais.
Ferramentas de mensuração e certificação
A credibilidade da agricultura regenerativa depende de indicadores claros e métodos de verificação. O Imaflora utiliza ferramentas como o Carbon On Track, que quantifica emissões e remoções de GEE, apoiando empresas na demonstração de resultados concretos e relatórios alinhados ao ESG.
Além disso, existem protocolos reconhecidos internacionalmente que orientam a adoção de práticas regenerativas.
Principais protocolos relacionados à agricultura regenerativa
Rainforest Alliance – Norma de Agricultura Regenerativa (RAS)
- Evolução do Sustainable Agriculture Standard, define critérios ambientais e sociais para sistemas agrícolas mais saudáveis e resilientes.
- Pode ser adotada como add-on por empresas certificadas ou como certificação independente.
- Inicialmente disponível para café, será expandida para cacau, chá e laranja.
Público: produtores de café, cacau, chá e laranja.
Benefícios para produtores: maior resiliência produtiva, acesso a mercados especializados, reconhecimento por práticas regenerativas e redução de impactos ambientais.
Regenerating Together Programme (SAI Platform)
- Organizado em quatro fases: análise de contexto, definição de resultados prioritários, implementação de práticas e monitoramento.
- Abrange qualquer cultivo.
- Previsão de lançamento: 2º trimestre de 2026.
Público: fazendas de qualquer cultura agrícola.
Benefícios para produtores: adoção estruturada de práticas regenerativas, aumento da biodiversidade, resiliência hídrica e melhoria contínua do manejo.
RTRS – Módulo de Agricultura Regenerativa
- Voltado para soja e milho, cria pontuações que avaliam o nível de adoção de práticas regenerativas, como plantio direto, sequestro de carbono e qualidade da água.
- Funciona como módulo complementar da certificação RTRS.
- Previsão de lançamento: final de 2026.
Público: fazendas de soja e milho.
Benefícios para produtores: comprovação independente de práticas regenerativas, fortalecimento da reputação e oportunidades comerciais em cadeias de soja sustentáveis.
Benefícios da agricultura regenerativa para os produtores
Além da restauração ecológica, os produtores ganham:
- Maior resiliência frente a extremos climáticos
- Aumento de matéria orgânica e fertilidade do solo
- Melhor retenção de água
- Redução da dependência de insumos externos
- Estabilidade produtiva no longo prazo
- Acesso a mercados mais exigentes
- Reputação fortalecida com comprovação independente das práticas
Impactos desses protocolos no setor agrícola
Os protocolos de agricultura regenerativa causam impactos estruturantes:
- Padronizam métricas e reduzem a fragmentação entre programas privados
- Aumentam transparência e rastreabilidade da cadeia produtiva
- Incentivam práticas que melhoram solo, biodiversidade, água e clima
- Facilitam alinhamento de metas corporativas de descarbonização
Importância do diagnóstico regenerativo
O diagnóstico realizado pelo Imaflora é o primeiro passo essencial da transição regenerativa. Ele permite:
- Avaliar o nível de maturidade regenerativa da propriedade
- Identificar riscos e oportunidades
- Priorizar ações estratégicas
- Definir rotas de implementação e melhoria contínua
Esse processo aumenta a eficiência da transição e prepara produtores para atender protocolos e demandas de mercado.
Por que a agricultura regenerativa importa para empresas?
Empresas que investem em agricultura regenerativa ganham:
- Fornecimento mais estável e seguro de matérias-primas
- Redução de custos operacionais devido à menor dependência de insumos
- Produtividade previsível
- Resiliência climática
- Valor ESG fortalecido
- Vantagem competitiva e reputação positiva
Como o Imaflora pode apoiar sua empresa
O Imaflora oferece:
- Planejamento estratégico
- Diagnósticos de propriedades e cadeias produtivas
- Programas de capacitação técnica
- Auditorias sob protocolos internacionais e Imaflora Verified
- Ferramentas de mensuração, como o Carbon On Track
O suporte garante implementação estruturada e mensurável da agricultura regenerativa, fortalecendo cadeias produtivas e transformando a agricultura em um vetor de sustentabilidade econômica e ambiental.
Fale conosco e descubra como implementar agricultura regenerativa com resultados concretos e impacto positivo.




