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A pauta do carbono nunca esteve tão em evidência. De relatórios corporativos a políticas públicas, de startups de tecnologia a grandes produtores rurais, o tema aparece como prioridade estratégica para quem deseja se manter competitivo em um cenário de mudanças climáticas cada vez mais urgentes.
Mas afinal, o que é carbono, qual a sua relação com a sustentabilidade e como as empresas podem transformar esse desafio em vantagem competitiva?
Neste artigo, nós, do Imaflora, vamos explicar em detalhes a importância do carbono, os mecanismos de controle e neutralização, além das oportunidades para organizações que assumem uma postura proativa. Confira!
O que é carbono e por que ele é tão importante?
O Carbono é um elemento químico essencial à vida e está presente em todos os seres vivos, como plantas, animais e microrganismos. Uma vez que a vida na Terra é baseada no Carbono, a própria natureza, ao longo de milhões de anos, tratou-se de equilibrar o fornecimento e remoção de Carbono em seus hábitats naturais. Na atmosfera, o Carbono é um dos responsáveis pelo conhecido Efeito Estufa, um fenômeno natural imprescindível para a manutenção da vida na Terra.
Quando os seres humanos interferem no equilíbrio dos hábitats naturais através de suas atividades antropogênicas, como desmatamento, queima de combustíveis fósseis e urbanização, o Carbono antes estocado nas florestas, petróleo e rochas, passa a fazer parte dos gases da atmosfera.
O aumento da concentração desses gases na atmosfera intensifica o Efeito Estufa, que por sua vez aumenta a temperatura média global. Por fim, o aquecimento global impacta diretamente na segurança alimentar, gestão dos recursos naturais e a estabilidade econômica de todos os países. Assim, medir, reduzir e compensar emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) tornou-se um dos grandes desafios do século XXI.
A agenda do carbono no mundo e no Brasil
No mundo, países e empresas já trabalham com metas de neutralidade de carbono (net zero). Isso significa comprometer-se a zerar as emissões líquidas até meados do século.
O Brasil ocupa uma posição estratégica por possuir enorme potencial de redução e captura de carbono por meio da agricultura regenerativa, da restauração florestal e do manejo sustentável do solo. Essas soluções baseadas na natureza colocam o país em vantagem para atrair investimentos e gerar negócios de impacto positivo.
Para as empresas brasileiras, essa agenda é também uma oportunidade: liderar a transição para modelos de baixo carbono e ainda acessar mercados mais exigentes.
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Como as empresas podem lidar com a agenda do carbono?
A gestão das emissões é uma questão ambiental, mas também passou a integrar a estratégia de negócios nas empresas. Isso significa tratar o tema de forma sistemática e estruturada. Veja as principais etapas:
1. Inventário de emissões de GEE
O primeiro passo é realizar um inventário de emissões de GEE, ou seja, calcular a pegada de carbono da organização. Esse levantamento deve considerar tanto as emissões diretas (como consumo de energia e combustíveis) quanto as indiretas (cadeia de suprimentos, transporte de produtos e resíduos).
2. Definição de metas
Com base nos resultados do inventário, a empresa deve estabelecer metas de redução compatíveis com sua realidade e com os compromissos assumidos.
3. Execução e mitigação
As estratégias de mitigação incluem aumentar a eficiência energética, investir em energias renováveis e apoiar fornecedores na adoção de práticas sustentáveis. Entre as iniciativas mais relevantes estão a implementação da agricultura regenerativa e da pecuária de baixo carbono, que ajudam a reduzir emissões e a capturar carbono, gerando impacto positivo para o clima e para o negócio.
Erros comuns na gestão de carbono (e como evitar)
Mesmo empresas já consolidadas ainda cometem falhas na hora de lidar com o carbono. Alguns dos erros mais frequentes são:
Para corrigir, a empresa deve começar com uma governança clara, definindo responsáveis e indicadores. Em seguida, elaborar um inventário bem estruturado, investir em auditorias periódicas, contar com monitoramento e criar um plano de descarbonização com metas específicas e mensuráveis.
Nos setores de agricultura e restauração florestal, incluir indicadores sociais e ambientais fortalece a transparência. Com o apoio de plataformas digitais de monitoramento, o ciclo fica mais simples e confiável: medir → reduzir → verificar → reportar.
O papel do carbono no agronegócio e na restauração ambiental
O setor agropecuário é um dos principais emissores de gases de efeito estufa, mas também um dos que mais podem contribuir com soluções.
Existe obrigatoriedade legal para a gestão de carbono?
O Brasil já possui uma lei (nº 15.042/2024) que institui o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), embora ainda em fase de regulamentação e implementação.
Toda empresa precisa neutralizar?
Não obrigatoriamente, mas as organizações que adotam esse compromisso ganham em reputação, acesso a novos mercados e atração de investimentos.
![]() Como o Imaflora pode apoiar sua empresa na gestão do carbono
Transformar a agenda de carbono em oportunidade exige conhecimento técnico, metodologias confiáveis e experiência prática em campo. O Imaflora oferece soluções completas para empresas, incluindo MRV (monitoramento, reporte e verificação), elaboração de inventários de emissões, consultoria especializada e treinamentos que capacitam equipes a implementar estratégias de mitigação de forma eficaz.
Entre as iniciativas desenvolvidas, destacam-se:
Carbon On Track Agro
O Carbon on Track Agro foi desenvolvido para mensurar e verificar o balanço de gases de efeito estufa dos empreendimentos Agropecuários. Utilizamos as principais metodologias para calcular as emissões e remoções de GEE do empreendimento rural. Na Plataforma digital que integra o serviço, é possível monitorar ano a ano o desempenho do empreendimento. Ciência, comunicação e transparência para pavimentar a trilha rumo à agropecuária de baixo carbono.
Carbon On Track RestauraçãoO Carbon On Track Restauração foca em projetos de restauração florestal, essenciais para capturar carbono atmosférico e recuperar ecossistemas. Por meio dele, empresas têm apoio na construção do monitoramento, mensuração e verificação da remoção do carbono de seus projetos apoiados, trazendo transparência em cada etapa do processo, garantindo a credibilidade dos resultados.
Além do impacto climático, a restauração traz benefícios sociais e de biodiversidade, fortalecendo cadeias de valor sustentáveis.
Com uma equipe multidisciplinar, o Imaflora une ciência, governança e impacto positivo para apoiar empresas na transição para modelos de baixo carbono. O carbono, hoje, é um dos pilares centrais da sustentabilidade corporativa.
Entender seu impacto, medir corretamente as emissões e investir em estratégias de mitigação não é apenas uma obrigação ética, mas também uma vantagem competitiva.
Sua empresa está pronta para transformar o carbono em oportunidade?
Fale conosco e descubra como podemos ajudar você a implementar soluções de baixo carbono de forma estratégica, eficiente e alinhada às melhores práticas. |
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