O evento que acontece no dia 4 de outubro discute o protagonismo de arquitetos, engenheiros civis e designers em projetos sustentáveis com a participação da arquiteta Bel Lobo
Imaflora promove debate sobre sustentabilidade na arquitetura
03/10/2023
O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de recursos naturais para aplicação na arquitetura, construção, decoração e design. Aproximadamente 90% da madeira extraída na região amazônica é consumida aqui no Brasil e mais de 60% é utilizada no setor, que além de ser muito importante para o desenvolvimento do país, pode ser protagonista na construção de novos negócios que utilizam práticas cada vez mais sustentáveis e transparentes, e motores para impulsionar o combate à ilegalidade e ao desmatamento na Amazônia, dando a devida importância às florestas no atual cenário de mudanças climáticas.
Com o intuito de mobilizar profissionais ligados a esses setores, o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) realiza junto à sua Iniciativa Legalidade Florestal, no dia 4 de outubro de 2023, a quarta edição do Arquitetura do Amanhã. O evento contará com a participação de Bel Lobo, arquiteta que esteve em sete temporadas à frente do Decora, programa de decoração do canal GNT. Bel fará uma palestra especial sobre sua jornada e como a sustentabilidade faz parte dos seus projetos e de seu propósito de vida.
Neste ano, o Imaflora se uniu à quinta edição do Village Arte Decor como instituição apoiadora. A mostra, realizada desde 2015, reúne os principais escritórios de arquitetura de Piracicaba/SP, cidade onde o Instituto mantém sua sede, para oferecer as tendências e criações de cada temporada.
Para Leonardo Sobral, gerente de Cadeias Florestais do Imaflora, ter os profissionais como aliados na divulgação, especificação e certificação de madeira e outros recursos legais não é só uma tendência, é um movimento irreversível que reflete sua responsabilidade diante da floresta como base para uma economia sustentável.
“É importante que os segmentos de arquitetura, design e construção se posicionem como forças mobilizadoras de consciência e atitude, em suas bolhas e fora delas. Como a primeira instituição certificadora do Brasil, o Imaflora acredita na força dos produtos florestais para a economia. Precisamos olhar para os métodos de extração, aplicação e reuso, exatamente para combater a origem ilegal da madeira e outros recursos naturais”, afirma Sobral.
Segundo o gerente, o uso de madeira nativa é em sua maioria dedicado para consumo em obras residenciais, sendo que a madeira extraída das florestas ainda tem uma aplicação com baixa agregação de valor. Como um contraponto positivo, ele celebra o aumento na procura por madeira legal e até certificada por parte de pequenas e médias empresas da indústria marceneira e moveleira. “Há um crescimento na demanda por móveis e objetos de decoração com pegada de responsabilidade referente à origem da madeira, e isso é algo que agrega valor não apenas à floresta como também às empresas que consideram a sustentabilidade em seus negócios”, complementa.
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